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Saturday, December 12, 2009

DIVERSOS, EM TEMPO DE NATAL

















No sábado, dia o4/12, estive lá no "Cork", Saint Armand Circle, mais bonito ainda com a decoração natalina, aqui em Sarasota, para ver "SAMPA JAZZ QUARTET", integrado pelo meu amigo e grande pianista Régis Moreira (único brasileiro do grupo). O quarteto faz um lindo trabalho instrumental que você pode conferir nestes links do youtube:




E, mesmo sem microfone, não resisti ao convite do Régis, sentei-me ao seu lado, ao piano, e cantei com um prazer enorme, ao som dos acordes de um mestre que, dentre inúmeras maravilhas que fez ao longo da sua carreira de músico, acompanhou a fenomenal Elis Regina, no "Fino da Bossa". O meu amigo e jornalista, Luduvice José, fez um registro, em sua coluna:


Tivemos oportunidade de fazer uma apresentação numa festa privada no dia 7/11, mas não consegui as fotos tiradas naquela ocasião. Mas lá no Cork, as lentes da fotógrafa Marisa Barbosa registraram o momento, como você vê nas fotos acima.



Agora, falando sobre o Natal, nesta época do ano, algo que se sente mas não nos é visível, paira no ar, a energia do chamado "espírito natalino", e me trouxe à lembrança este conto, que encontrei no "Paulo Coelho's blog", muito interessante, que nos convida à uma reflexão relacionada aos nossos paradigmas. Assim, desejo que os seus "presentes invisíveis" lhe façam muito feliz.
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Conta uma lenda medieval que no país que hoje conhecemos como Áustria, a família Burkhard – composta de um homem, uma mulher, e um menino – costumavam animar as feiras de natal recitando poesias, cantando baladas de antigos trovadores, e fazendo malabarismos para divertir as pessoas. Evidente que nunca sobrava dinheiro para comprar presentes, mas o homem sempre dizia a seu filho:
- Você sabe por que a sacola de Papai Noel não se esvazia nunca, embora haja tantas crianças neste mundo? Porque embora ela esteja cheia de brinquedos, às vezes existem coisas mais importantes para serem entregues, os chamados “presentes invisíveis”. Em um lar dividido, ele procura trazer harmonia e paz na noite mais santa da cristandade. Onde falta amor, ele deposita uma semente de fé no coração das crianças. Onde o futuro parece negro e incerto, ele traz esperança. No nosso caso, quando Papai Noel vem nos visitar, no dia seguinte estamos todos contentes de continuarmos vivos e fazendo nosso trabalho, que é de alegrar as pessoas. Jamais esqueça isso.
O tempo passou, o menino transformou-se em rapaz, e certo dia a família passou diante da imponente abadia de Melk, que acabara de ser construída.
- Meu pai, lembra-se que há muitos anos você me contou a história de Papai Noel e seus presentes invisíveis? Penso que certa vez recebi um destes presentes: a vocação de tornar-me padre. O senhor se incomodaria se eu agora desse meu primeiro passo em direção ao que sempre sonhei?
Embora precisassem muito da companhia do filho, a família entendeu e respeitou o desejo do filho. Bateram na porta do convento, foram acolhidos com generosidade e amor pelos monges, que aceitaram o jovem Buckhard como noviço.
Chegou a véspera do natal. E justamente naquele dia, um milagre especial aconteceu em Melk: Nossa Senhora, levando o menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra para visitar o mosteiro.
Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um postava-se diante da Virgem, procurando homenagear a Mãe e o Filho. Um deles mostrou as lindas pinturas que decoravam o local, outro levou um exemplar de uma Bíblia que havia demorado cem anos para ser manuscrita e ilustrada, um terceiro disse o nome de todos os santos.
No último lugar da fila o jovem Buckhard aguardava ansioso. Seus pais eram pessoas simples, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos.
Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem.
Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima e segurá-las com as mãos, criando um belo círculo no ar, igual ao que costumava fazer quando ele e sua família caminhavam pelas feiras da região.
Foi só neste instante que o Menino Jesus começou a bater palmas de alegria no colo de Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco a criança, que não parava de sorrir.
A lenda termina dizendo que, por causa deste milagre a cada duzentos anos um novo Buckhard bate na porta de Melk, é aceito, e enquanto está ali é capaz de alegrar o coração de todos que o conhecem.

Wednesday, October 14, 2009

SARASOTA

Foto da apresentação no Longboat Key Club & Resort em 09.10.2009, com Robbie Rose(teclados) e Rodney Rockues (bateria).



Sarasota é uma linda cidade, e bastante cultural, e o número de brasileiros é bem menor do que no sul da Florida.
Vim para cá convidada por dois músicos brasileiros que acompanharam Erasmo Carlos na época da Jovem Guarda, e que vi em Aracaju, quando eu tinha 14 anos, em 1966, quando estiveram fazendo um show. Um deles, o Raul, conheci lá em Pompano Beach, e, atualmente êle tem uma rádio na internet que toca o meu CD: Vale a pena acessar www.radiopompanobeach.com . Embora êle passe toda a semana lá com a rádio, continua com residência aqui, onde passa todos os finais de semana com a esposa e a filha. Daí me apresentou o Régis, o outro "tremendão" que é um pianista e integra um quarteto de jazz juntamente dom três músicos americanos. Segundo fiquei sabendo, o Régis estava procurando uma cantora que também cantasse em português, e principalmente bossa nova, além de cantar jazz e blues. Então vim conhecê-lo e me apaixonei pela cidade. E aqui estou, já fiz alguns excelentes contatos musicais, o CD Leoa vendeu alguma cópias rapidinho, e em 09.10 último fiz um show privado, somente para sócios, em conjunto com Robbie Rose (teclados) e Rodney Rockues, no Longboat Key Club & Resort (primeira foto acima).
Na segunda feira fui ao Mattison's, convidada pelo Robbie Rose, para lá cantar duas músicas e ser apresentada à direção da casa e ao público que lá frequenta. O resultado foi muito bom, e depois conheci o Phillip Picciotti, um excelente cantor americano que canta música brasileira como brasileiro, tal é a paixão que tem pela nossa música. Também fala bem o português. Depois fomos ao Euphemia Haye, um lugar aconchegante ambiente intimista, onde estava Eddie Tobin, outro grande músico, cantor e pianista que trabalhou com o famoso ENGELBERT HUMPERDINCK . Fui apresentada ao Eddie Tobin pelo Phillip, que cantou com êle alguns hits do jazz, e depois fui convidada à cantar com êle algumas músicas, começando com a versão em inglês de Desafinado, e foi muito bom. É muito gratificante ver que aqui, mais do que no Brasil, a nossa música é apreciada como algo muito especial, tanto pelos músicos como pelo público. Sentí-me em "estado de graça" cantando ao lado daquele músico que por sua capacidade técnica e sensibilidade parecia conhecer tudo sobre mim, até as tonalidades das musicas que eu cantava não precisei lhe dizer. Estou muito feliz e grata à vida, à todos e à tudo, por estar vivendo tudo isto.

Tuesday, August 18, 2009

BOA MÚSICA PARA TOCAR OS CORAÇÕES EM BOCA RATON/FLORIDA


Estamos lá no Restaurante Açaí, eu, Gwendolyn Thompson e Juarez, também cantor, tecladista e violonista, oferecendo a música que sai do coração, para tocar os corações das pessoas que lá chegam, todas as sextas feiras e sábados, das 6:00 da noite às 10:00.
Tem sido uma experiência mais do que gratificante as noites em que lá tenho cantado.
É sim, meus caros, o Restaurante e Bar Açaí é um lugar bonito, aconchegante, de muito bom gosto, excelente culinária brasileira, mexicana e libanesa e música de primeira qualidade. Um Restaurante de brasileiros, com um nome bem brasileiro, mas bem procurado também por americanos, hispanos, enfim todos os que procuram estar em boa sintonia. Além da culinária brasileira, o restaurante serve pratos da culinária internacional.
A música também é o melhor da música popular brasileira, americana, hispana, italiana e francesa, por enquanto. O casal proprietário está empenhado em oferecer um serviço bem diferenciado, em todas as noites.
Fica aqui o convite para você que reside aqui no sul da Florida, bem como os seus amigos.
O endereço é: 23160 sandalfoot plaza drive Boca Raton/Fl 33428 (441 com Marina Blvd)- Phone: 561-482-1018 - www.acaigrill.com .
Esperamos por você.

Sunday, July 19, 2009

KLEBER OLIVEIRA em reportagem de LUDUVICE JOSÉ NO: www.gazetanew.com.br



Esta matéria completa de autoria de LUDUVICE JOSÉ, você encontra no link:




Aracaju, Saturday, July 18, 2009


Foto:Divulgação Kleber, é um forrozeiro que vive no momento nos Estados Unidos, realizando seu trabalho, e agradando os americanos. Uma parceria com nordestinos vai trazê-lo a Aracaju para mostrar sua musicalidade.

KLEBER FORROZEIRO NO USA
A amiga Gwendolyn Thompson, residindo nos Estados Unidos, respira música. Quando não é através do canto ou correndo atrás dos sonhos, divulga colegas. Ela nos falou muito do cantor Kleber, forrozeiro, inclusive reportando a sua vinda a Aracaju durante os festejos juninos. Não deu, pois o cantor lotou agenda em Pernambuco, em shows com Irah Caldeira, uma espécie de musa do forró na terra de Capiba. Gwendolyn relata que o sucesso foi tanto, que já surgiu uma parceria com Irah Caldeira para a produção do próximo CD do Kleber, e o produtor lá em Recife, Júnior, muito competente, que já está preparando tudo. Gwendolyn assevera que o Kleber, faz um forró de primeira qualidade, com um visual moderno, acontecendo nos Estados Unidos aqui, fazendo a diferença, com total harmonia. "O Kleber vai à Aracaju e eu estarei nesse intercâmbio, como uma ponte Recife/Aracaju/USA, visando também trazer sergipanos para a Terra do Tio Sam, assim que eu estiver com o meu espaço firmado, e é para isso que estou trabalhando, concluiu."

Tuesday, June 23, 2009

ENTREGA



Estar totalmente entregue ao presente, é algo que estou aprendendo no meu cotidiano, como se estivesse tentando acertar o passo de uma dança, uma linda dança, para que os meus movimentos sejam cada vez mais sincrônicos, naturais, e suaves e dentro do ritmo. Esta dança é linda e se chama existência embaladas ao som de uma canção que se chama vida. E, ao tempo em que vou me envolvendo e o meu corpo se move no compasso e andamento desta canção, a minha alma vibra, e motiva-se a mostrar o seu canto, através da minha voz. Assim, a cada instante, numa perfeita interação, todo o meu ser se mostra novo, assim como o meu canto.

"Viver é afinar o instrumento, de dentro pra fora de fora pra dentro,
a toda hora a todo momento, de dentro pra fora, de fora pra dentro..."
Walter Franco, em Serra do luar.

Se assim não fosse não sentiria esta alegria em viver. O que torna mais bela a existência é o fato de que temos sempre algo novo para assimilar, aprender, e não temos o controle sobre o que este aprendizado nos reserva.

A minha história neste momento, como pessoa, mulher, e cantora é simplesmente fascinante pelo fato de saber que aqui estou, porque me deixei guiar pela minha intuição, e na certeza de que é aqui o meu lugar, observando os sinais, despida de qualquer expectativa para fazer a leitura certa dos sinais, continuando a me deixar guiar pelo Grande Maestro da Sinfonia Universal, presente em mim. Agora começo a ver o germinar das primeiras sementes aqui plantadas, e vislumbro uma linda estrada a seguir, com um sentimento de paz, serenidade, e auto confiança.


O meu canto está cada dia mais uníssono com o meu sentimento, com o desejo da minha alma, e com tudo o que faz parte do contexto, buscando assim viver a Unidade.

Sunday, January 04, 2009

A MÚSICA, O CANTO, A VOZ, A VIDA!


Sabe-se que não existe instrumento musical que seja tão perfeito quanto a voz. Mesmo a voz falada tem sua musicalidade, sua empostação, dependendo da emoção que se imprime, dependendo do sotaque, do idioma...enfim, a voz sempre emite uma melodia, mesmo que não percebamos isto. Assim, algumas fonoaudiólogas amigas me disseram que "a voz é o tato à distância". Grande verdade!


Então, muito mais do que qualquer forma de expressão, a voz tem um poder que transcende qualquer tentativa de mensuração neste sentido.


No meu entendimento, quando alguém usa a voz falada ou cantada, deve procurar estar conectada com o que exista de real, dentro de si, para que a energia emitida através da voz seja um instrumento para harmonizar a si próprio, e à quem ouve. A emoção verbalizada e cantada, tem que ser verdadeira, e embora possamos e devamos até exprimir os sentimentos de indignação, raiva, ou desgosto, tristeza, através da fala ou do canto, só há sentido se isto levar à uma espécie de "catarse" ou seja liberação, das situações de desconforto, rumo à um sentimento de alívio em prol da felicidade, através desta expressão. Todas estas emoções nos são inerentes, não as podemos negar, e não existe porque dizer que existam emoções negativas, se elas nos apontam para algo que é real, para que rumemos em busca do crescimento, da transformação.


E assim, como poderíamos limitar esta expressão? Num século, e num momento em que tomamos consciência de que devemos buscar um mundo sem fronteiras, e como diz Osho "O nacionalismo é uma praga", aliás tudo o que divide os homens, deve ser evitado, tudo o que busca a permanência da dualidade, ou separativismo, competitividade, tudo isto está com os dias contados, não caberá neste novo momento. A arte, a música não pode ter limitações de nenhuma natureza, porque é universal, como são universais os sentimentos.


No livro "Fronteiras da Inteligência" - A sabedoria da espiritualidade, de autoria do Rabino Nilton Bonder, vemos que as empresas, e todos as entidades, e setores da sociedade, já estão buscando por pessoas que estejam conscientes e preparadas para serem o que a máquina não pode ser, ou seja; estejam mais preparadas para trabalhar e lidar com as dúvidas, do que com as certezas. No nosso tempo, sabemos que todo o conhecimento racional intelectual, toda a compreensão de informações podem estar contidas num robô que pode desempenhar tarefas até de gerenciamento. Tudo isto que o hemisfério esquerdo do nosso cérebro controla, a lógica, e que fomos estimulados a utilizar e desenvolver, é perfeitamente possível para um robô. E então que homem faz a diferença, para um novo mundo, uma nova era? Este homem é aquele que seja capaz de utilizar o hemisfério direito, o não lógico, o intuitivo, o da reverência, para buscar soluções que a lógica já não consegue dar. Cabe a cada um de nós buscar esta excelência, se quisermos conseguir emergir ao caos que nenhuma lógica consegue explicar. Entrar na dúvida e aprofundar na dúvida, com a capacidade de reverência, para "intuitivamente" com o que existe de verdadeiro dentro de nós, a nossa verdadeira identidade, podermos nos expressar sem conceitos preestabelecidos, sem fórmulas, sem premeditação, sem expectativas, e buscarmos, como meio, "ter" o que realmente se faz necessário como instrumento para transitarmos neste plano tridimensional, "sendo" o que de fato somos: seres espirituais, tendo experiências humanas, embora nem sempre lembremos disto. Assim o "ter" deixa de ser meta, para ser um meio. E agora transcrevo abaixo a letra de uma das duas únicas músicas que compus, que fluiu, partindo de uma inspiração de uma fonte, que pode ter sido da minha essência, do inconsciente coletivo, de algum ser ascencionado, um anjo...enfim, ainda não a gravei, e não sei se algum dia o farei, mais aí está a letra de:
UNIVERSO NA CANÇÃO
Oh, lua, me envolve e traz o meu canto
nesta melodia, dos sons do universo,
que inspiram harmonia.
Quero partir nas asas do amor
escutando o coração,
que canta suavemente e me leva
com o vento, ao encontro da emoção
de SERMOS TODOS UM,
dançando a mesma canção
da alegria e paz!
E assim, no infinito em plenitude,
sempre de mãos dadas,
iremos ser O ARCO ÍRIS DO AMOR.
Acreditem ou não se não caminharmos neste sentido, todos, e se a arte, principalmente a música não for nesta direção, levando ao caminho do "coração" da verdadeira identidade, nada do que for feito valerá à pena.


Há algum tempo disse que a música é a mais pura ressonância para o perfeito entendimento da vida, e acrescento agora que o canto é a expressão mais linda e poderosa dessa ressonância e entendimento.


Até mesmo os surdos têm a capacidade de sentirem a vibração sonora, e assim, dançam,






"Sem a música, a vida seria um erro, e aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."



Nietzsche