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Thursday, September 28, 2006

DVD DO "AGUA VIVA"


No próximo dia 14 de outubro, o Grupo “Água Viva” estará gravando, ao vivo, no Espaço Emes, o seu segundo DVD, e estarei fazendo uma participação especial, nesta ocasião com duas canções.
O referido Grupo apresenta como repertório sucessos dos anos 60, 70 e 80, e as canções escolhidas para eu apresentar serão “Can’t take my eyes off you”,que está no meu Cd Leoa, e o grande sucesso dos anos 80 “I will survive”. Tenho certeza que será um show inesquecível. Vale a pena conferir.

Tuesday, September 26, 2006

UM PALCO PARA SETE MULHERES



O show ELAS CANTAM ELAS não será apenas um show, simplesmente um grande show, não apenas isso, mas um grande musical onde construímos nós sete um texto muito bom para apresentarmos, cantando obras que marcaram grandes intérpretes e compositoras desde o século dezenove, com Chiquinha Gonzaga. Ontem estivemos no palco do Teatro Lourival Batista onde começamos já a “montar” o grande espetáculo, sob a direção da nossa colega Lina Sousa, uma das participantes, sem dúvida a mais experiente pela grandee belíssima história que tem na musica popular brasileira. Não temos ainda uma data fixada, porque não temos pressa para apresentarmos, já que a pressa é inimiga da perfeição e uma das nossas metas é a busca da perfeição.
O PROJETO:“Elas cantam Elas” é resultado de uma pesquisa, feita por cantoras que se destacam no cenário artístico sergipano, sobre a trajetória histórico-cromológica das grandes interpretes nacionais e as canções que as fizeram famosas.
O estudo levou em consideração critérios de qualidade musical e popularidade, sem perder de vista o brilho e emoção de cantar que cada uma das interpretes possui.
O show viaja no tempo, apresentando desde a arte de Carmem Miranda até a modernidade de Cássia Eller, fazendo uma releitura melódica e moderna, com arranjos revisitados pela musicista Lina Sousa com o apoio das demais componentes
Além das interpretes nacionalmente conhecidas, citadas acima, serão referenciadas: Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Ângela Maria, Elza soares, Maysa Matarazo, Elis Regina, Rita Lee, Gal costa, Maria Betânia, Zizi Pozzi, Elba ramalho, Marisa Monte, Clara Nunes, Maria Carolina, dentre tantas outras que compõem o altar das grandes musas musicais do Brasil.
O grupo musical “Obra Brasileira-OB” que interpretará “Retrato de Mulher” é composto por cantoras de destaque como:
LINA SOUSA, grande musicista e ex-integrante do grupo “As Moendas”, quarteto formado por 4 irmãs; participou dos 2 últimos discos da dupla Toquinho e Vinícius; com Milton Nascimento gravou a faixa “Cio da terra” e tem registros musicais com Chico Buarque e Tom Jobim. Já dirigiu vários espetáculos aqui e na Europa além de vários arranjos para discos na Itália e Brasil, especificamente em Aracaju.
A dupla MARTA & KARLA, já conhecidas pelo público sergipano, pela suavidade das vozes e pelos shows interpretando canções de artistas como Chico Buarque, Tom Jobim e outras grandes pérolas.
GWENDOLYN TOMPSON, reconhecida nacionalmente pelo estilo bossa novista, já tendo um CD gravado com perolas da nossa MPB e compositores sergipanos, a exemplo do destacado João Melo, também conhecido no cenário nacional, Ismar Barreto e autores estrageiros.
PATRÍCIA LEMOS, uma destacada cantora que desponta na noite sergipana nos remetendo aos grandes espetáculos de Jazz e blues, com sua voz forte e marcante, bem como nos renovando a cada dia com novas criações de artistas pós-modernos.
LU MUNIZ, com uma voz de afinadíssima causando frisson na noite sergipana com um repertório irretocável.
E por fim, mas não menos importante, a vocalista e musicista VIVI MAIA, que dá o tom do grupo, com sua voz grave e com seu estilo moderno, destacando-se pelo POP moderno e de qualidade, mescla voz e interpretação de forma uníssona.

Thursday, September 21, 2006

ALAPADA É SUCESSO EM SAMPA


Estou muito feliz em saber que a Banda Alapada, daqui de Aracaju, e atualmente em São Paulo, assinou um contrato com a TV Record, para tocarem a musica “Vida em Jogo” do CD do mesmo nome, na abertura da próxima novela. A música é uma composição de Gutierez, baixista da banda.
A referida Banda, cujo vocalista “Naná Escalabre”, é meu filho, com muito orgulho, está acontecendo em solo paulista, após ter acontecido nos últimos anos aqui em Sergipe, e estamos daqui torcendo para que sejam em breve uma referência sergipana no cenário nacional.
Deixo aqui meu beijo pra você, Junior meu filho, e pra todos os demais componentes: Gutierez Júlio e Schruder.
Para saber mais sobre a Alapada visitem "Alapada" em "visito sempre" neste blog, ou www.alapada.com.br

Monday, September 18, 2006

FESTIVAL ISMAR BARRETO


Quanta emoção! Foi realmente fantástico participar do Festival, fazendo um show tão maravilhoso. Foram duas noites de pura magia musical. A excelente qualidade das musicas concorrentes nos deixou realmente impressionados e aos jurados ficou difícil a tarefa de escolher as três melhores. E o show “Tributo à Ismar Barreto” foi simplesmente fantástico. Nós apresentamos o mesmo show nas duas noites, mas de forma diferente. Na segunda noite fizemos um cenário de bar, no palco, com mesas, pois este era o cenário preferido de Ismar, para compor as suas músicas, e lá, conversávamos sobre cada música antes de ser apresentada, como em conversa de bar. A versatilidade de Ismar é realmente surpreendente, e demonstramos isto no show, no repertório apresentado que continha musicas românticas, bossa, samba, chorinho, forró, música brega, e as satíricas, com aquele humor irreverente, que era o seu tom constante. Quando então cantamos a penúltima música, “sofrendo”, cada um cantava um trecho, e houve um momento que a saudade do amigo bateu, e todos nós não conseguimos conter as lágrimas, e o publico também chorou conosco. A emoção tomou conta de todo o teatro. Depois retomamos o tom alegre e irreverente de Ismar para encerrarmos com o “Côco da Capsulana”. E aí o público também cantou e dançou com todos nós cantores e músicos que descemos do palco para compartilhar daquele momento junto aos que dão sentido ao exercício do nosso dom. Muito obrigada Ismar, muito obrigada meus queridos amigos, gente maravilhosa desta terra que eu amo, e finalmente à Deus por me permitir participar desse e de todos os momentos que tenho vivido, como este agora, que estou contando e partilhando desta história com vocês.

Friday, September 08, 2006

UM TRIBUTO À ISMAR BARRETO


Hoje tive a grata satisfação de ser convidada para um show intitulado UM TRIBUTO À ISMAR BARRETO, nosso grande compositor e amigo que partiu deste plano em 02 de junho último. O show ocorrerá no Teatro Atheneu, nos dias 15 e 16 deste mês, complementando o Festival de Música Ismar Barreto, com a participação de vários intérpretes que cantam suas músicas. Além de mim, estarão participando do show: Amorosa, Simone Rigo, Lenora , Marta e Karla, João Alberto, Nino Karva, Yasmin, Maurício, Valter Nogueira e Iracema. Cada intérprete cantará uma música e a que me coube é exatamente a que dá título ao meu CD “Leoa”.
Ismar é um grande amigo ainda vivo nos nossos corações e se faz presente a todo instante através das suas músicas. Vai ser muito bom homenagear uma pessoa tão intensa quanto foi este grande compositor. Que saudades de você Ismar.

Saturday, September 02, 2006

O PODER DAS CANÇÕES DE NINAR

Tudo o que se relaciona com a musica realmente me interessa, e o poder que ela exerce na transformação do indivíduo, já comentamos aqui. Mas realmente fiquei muito impressionada com um relato de um anônimo que recebi hoje por e-mail, que me foi enviado por uma amiga, e aqui transcrevo para reflexão:
"Eu, um Brasileiro morando nos Estados Unidos da América, para ajudar no orçamento, estou fazendo "bico" de babá e estudante. Ao cuidar de uma das meninas de quem eu "teoricamente" tomo conta, uma vez cantei "Boi da cara preta" para ela, antes dela dormir. Ela adorou e essa passou a ser a música que ela sempre pede para eu cantar ao colocá-la para dormir. Antes de adotarmos o "boi, boi, boi" como canção de ninar, a canção que cantávamos (em Inglês) dizia algo como:“Boa noite, linda menina, durma bem,sonhos doces venham para você,sonhos doces por toda noite"... (Que lindo, né mesmo!?) Eis que um dia Mary Helen me pergunta o que as palavras em português da música "Boi da cara preta" queriam dizer em Inglês: "Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta..." (???) Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música "boi da cara preta" era uma ameaça, era algo como "dorme logo, cacete , senão o boi vem te comer"? Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma música que incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina? Claro que menti para ela, mas comecei a pensar em outras canções infantis, pois não me sentiria bem ameaçando aquela menina com um temível boi toda noite... Que tal! "nana neném que a cuca vai pegar..."? Caramba... outra ameaça! Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto! Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore brasileiro que fosse positiva e de uma longa reflexão, eu descobri toda a origem dos problemas do Brasil:. O problema do Brasil é que a sua população em geral tem uma auto-estima muito baixa. Isso faz com que os brasileiros se sintam sempre inferiores e ameaçados, passivos o suficiente para aceitar qualquer tipo de extorsão e exploração, seja interna ou externa.
Por que isso acontece? Trauma de infância! Trauma causado pelas canções da infância. Vou explicar: Nós somos ameaçados, amedrontados e encaramostragédias desde o berço! Por isso levamos tanta porrada da vida e ficamos quietos. Exemplificarei minha tese:“Atirei o pau no gato-to-to, mas o gato-to-to não morreu-reu-reu, Dona Chica-ca-ca admirou-se-se,do berrô, do berrô que o gato deu; Miaaau!” Para começar, esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para acentuar agravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de "D. Chica". Uma vergonha! “Eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, marre, eu sou pobre, pobre, pobre, de marré de si. Eu sou rica, rica, rica, de marré, marré, marre, eu sou rica, rica, rica, de marré de si.” Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces!! É impossível não lembrar do seu amiguinho rico da infância com um carrinho” cabuloso”, de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de plástico... Fala sério!!!! “Vem cá, Bitu! vem cá, Bitu! Vem cá meu, bem vem cá não vou lá, não vou lá, não vou lá, tenho medo de apanhar”. Quem é o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele espancava o pobre Bitú..“Marcha soldado,cabeça de papel!quem não marchar direito,vai preso pró quartel”. De novo ameaça: Ou obedece ou você vai se fu... não é a toa que brasileiro admite tudo de cabeça baixa.
“A canoa virou, foi deixar ela virar, foi por causa da (nome de pessoa) que não soube remar.” Ao invés de incentivar o trabalho em equipe, apoio mutuo, as crianças brasileiras são ensinadas a dedurar o dedo e condenar um semelhante: “Bate nele, mãe!!” “Samba lelê ta doente, tá com a cabeça quebrada, samba lelê ´precisava é de umas boas palmadas.” A pessoa conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada, necessita de cuidados médicos mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de palmadas! Acho que o Samb lelê deve ser irmão do Bitu.
“O anel que tu me deste, era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou....” Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem anos a fio? “O cravo brigou com a rosa, debaixo de uma sacada; o cravo saiu ferido, e a rosa despedaçada. O cravo ficou doente, a rosa foi visitar; o cravo teve um desmaio, a rosa pôs-se a chorar.” Desgraça, desgraça, desgraça!!! E ainda incita a violência conjugal (releia a primeira estrofe).Precisamos lutar contra essas lembranças, meus amigos!!! Nossos filhos merecem um futuro melhor!!!!
" (Não foi enviado o nome do autor)
"Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito" - ARISTÓTELES