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Wednesday, June 25, 2008

A PESSOA CERTA PARA O PÚBLICO CERTO.


Há algum tempo atrás fiz a postagem "ENCANTAMENTO SEM ESTÍMULO PRÉVIO", que segue abaixo, baseada num texto de Martha Medeiros, e volto aqui para falar sobre a questão da consciência do real valor, do poder pessoal, independente da reação externa. A consciência do quanto valemos é imprescindível para sabermos nos colocar no lugar certo, e no momento certo, sabendo que há lugar para todos, e que muitas vezes não somos reconhecidos, não porque não temos mérito, não porque não somos bons, mas simplesmente porque as pessoas que nos rodeiam não conseguem nos ver como realmente somos, não têm aquêle olho de alguém que reconhece um valor de um diamante mesmo que este esteja misturado com bijuterias. Assim, volto à questão por ver que muitos de nós artistas passamos por isso, porque teimamos em ficar num lugar que não é nosso, querendo que o público do local seja obrigado " a nos engulir" como disse o nosso famoso técnico de seleção, Zagalo. Esta teimosia é até suicida e nada inteligente, porque temos que "andar mais um pouco" para encontrar" aquele contratante que nos diga: quanto você quer ganhar pelo que você faz? ao invés de ficar "barganhando" o nosso trabalho feito com tanto amor, com tanto esmêro, com tanto critério, como se estivessem nos fazendo um grande favor, nos dando uma ajuda, uma esmola, por não conseguirem ver o diamante que está à sua frente. Vejam bem, não existe aqui nenhuma visão preconceituosa, porque acho que toda a arte tem o seu valor, e todos podem ser diamantes, aos olhos daqueles que apreciam. Existe um lugar para todos brilharem, porque existe público para todos os estilos. A questão que trago aqui é que não adianta ficarmos "dando murro em ponta de faca", bradando aos quatro ventos por mudanças de visões, por melhores oportunidades para todos, se o perfil do público não corresponde àquilo que temos para oferecer, e por isso a estratégia inteligente que reconheço neste caso, sabendo sim que tenho um bom trabalho que é reconhecido num outro local como um "diamante", sem querer ser pretenciosa, é ir à este lugar, estar neste lugar e expor todo o brilho deste "diamante" para aqueles olhos que conseguem reconhecer o seu valor, para aquêles que consigam ver quem eu sou: SIMPLESMENTE GWEN, uma cantora que vai ao encontro do seu público para tocá-lo em sua alma e poder exercer à arte, especificamente a música como instrumento de transformação pessoal.



Sim, esta a capacidade de "encantamento sem estímulo prévio" do qual Martha Medeiros fala logo mais abaixo, que deveríamos ter, para podermos avaliar com critérios justos todas as formas de arte. E então não só bastam talento e esforços em nome de um aprimoramento de tecnica, inspiração e dedicação, e energia de amor, no que fazemos? Infelizmente o que acontece é que somos levados a acolher e escolher aquilo que a mídia e a imprensa de uma forma geral aclama, o que tem já consagração e reconhecimento público, como é ilustrado abaixo neste texto que ora transcrevo.
O VIOLINISTA NO METRÔ
texto de Martha Medeiros

Aconteceu em janeiro.
O jornal Washington Post convidou um dos maiores violinistas do mundo, Joshua Bell, para tocar numa estação de metrô da capital americana, a fim de testar a reação dos transeuntes.
Desafio aceito, lá foi Bell, de jeans e camiseta, às oito da manhã, o horário mais movimentado da estação, para tocar no seu Stradivárius de 1.713 (avaliado em mais de US$ 3 milhões), melodias de Bach e Shubert.
Passaram por êle 1.097 pessoas; sete pararam alguns minutos para ouví-lo. 27 largaram lá algumas moedas, e uma única mulher o reconheceu, porque havia estado em um dos seus concertos, cujo valor médio do ingresso é de US$ 100.
Todos os outros usuários do metrô estavam com pressa demais para perceber que ali, a dois metros de distância, tocava um instrumentista clássico, respeitado internacionalmente.
Não me surpreende.
Vasos da dinastia Ching, de valor incalculável, seriam considerados quinquilharias, se misturados à quaisquer outros numa feira de artesanato ao ar livre.
Uma jóia rara correria o risco de ser ignorada se fosse exposta numa lojinha de bijuterias, e ninguém pagaria mais de R$ 40 por uma escultura do mestre Aleijadinho, que estivesse misturada a anjos de gêsso vendidos na beira da estrada.
Desinformados, raramente conseguimos destacar o raro do medíocre.
Esta história do violinista demonstra que não estamos preparados para a beleza pura: é preciso um mínimo de conhecimento para valorizá-la. E demonstra também que temos sido treinados para gostar do que todo mundo conhece.
Se uma atriz é muito comentada, se uma peça é muito badalada, se uma música é muito tocada no rádio, estabelece-se que elas são um sucesso e ninguém questiona. São consumidas mais pela insistência do que pela competência, enquanto que competentes holofotes passam despercebidos.
Gostaria muito de ter circulado pela estação de metrô, em que tocava Joshua Bell. Não por admirá-lo: prá ser franca, nunca ouvi falar desse cara. O que eu queria era testar minha capacidade de encantamento, sem estímulo prévio. Se ainda consigo destacar o raro sem que ninguém o anuncie. Tenho a impressão de que eu pararia para escutá-lo, mas talvez eu esteja sendo otimista. Vai ver eu também passaria apressada, sem me dar conta do tamanho do meu atraso.

Saturday, June 14, 2008

UM AMIGO ESPECIAL E UMA DATA ESPECIAL









O que dizer à um homem que "caminha no arco-iris na procura do sonho", no dia do seu aniversário? Um homem que tem uma das mais lindas páginas da Web, a http://www.ideotario.blogspot.com/ , Oficina das Idéias, que você pode acessar aqui ao lado, nos blogs amigos, onde enfatiza a beleza da natureza, da sua pátria, das pessoas, onde congrega os amigos de perto e de longe com eu, que neste dia, daqui do outro lado do oceano digo à você, Victor, que não sei qual é o sonho que procura, mas se eu pudesse trazê-lo até você eu o traria e faria dêle o meu presente de aniversário para você, meu grande amigo! Parabéns!

Amor e Luz sempre,

Beijos,

Namastê