Total Pageviews

Sunday, December 05, 2010

LUZ NO CAMINHO


Na foto acima está Maitê, minha neta, agora com três meses, e para ela e todos vocês, aqui estou eu com " O Boi e o burro de Belém" uma canção do saudoso Hugo Costa, inspirada na peça infantil de Maria Clara Machado.

É muito difícil para mim entender quando alguém fala em separar o "sagrado" do "profano" o "espiritual" do "carnal", separar lazer e prazer, bom e ruim, enfim, estes conceitos duais que assimilamos desde que viemos à este plano tridimensional é algo que sempre me foi difícil assimilar, porque naturalmente percebo tudo como unidade. A treva está inserida na luz, porque se você apaga uma lâmpada num quarto ele se tornará escuro, mas é o mesmo quarto onde havia luz, e a escuridão estava ali antes, e então? O quarto é iluminado ou estava iluminado onde havia treva? Não dá para entender uma relação onde alguém diz que "foi puramente física, atração", porque nós somos um todo nada puramente físico...enfim...não quero aqui teorizar ou filosofar, mas falar do que é real, já que este momento em que o nosso mundo ocidental, cristão vive, de fato nos convida à uma reflexão realmente "profunda" do que tudo isto representa em nossas vidas, em termos de TRANSFORMAÇÃO.
No meu entendimento a figura de Jesus Cristo, independente da visão religiosa, das instituições, vai muito mais além do superficial, de alguém que sacrifica a sua própria vida para a "salvação de nós pecadores", na compreensão literal.
Li, há algum tempo, um conto muito interessante que fala de dois homens, que estavam perdidos numa floresta, e veio a noite e ficaram sem saber o que fazer, que caminho tomar, quando, subitamente uma luz intensa, de uma grande beleza apareceu e clareou a floresta, mostrando o caminho a seguir. Um deles, em êxtase diante da beleza da luz ficou de olhos fixos na claridade enquanto o outro viu o caminho e seguiu, e logo em seguida a luz se foi e, aquele que ali estava permaneceu perdido.
Então percebo que o momento nos convida à reflexão profunda sobre o nosso caminho, sobre o que estamos buscando de fato, sobre o real sentido do que seja o nascimento do Cristo para o nosso mundo e para a nossa vida.
Vamos celebrar a possibilidade de sempre podermos morrer e nascer à todo o instante, fazermos a diferença, nunca apontando o dedo para o que o outro mostrando o que deve ou não fazer, nunca julgando, mas, antes de tudo, procurarmos fazer o que sabemos que podemos, porque só mudamos o mundo quando a mudança acontece em nós.
Lembro agora uma frase de Osho que diz: "O homem religioso é aquele que faz o que é humanamente possível, sem tensão, e confia que o que não está sob o seu controle virá para o seu próprio bem".
Acredito nisto sim, porque sempre temos a aprender com tudo o que nos chega.

"Na atitude de silêncio, a alma encontra a luz que mostra o caminho e o que é ilusório e enganoso resolve-se de forma cristalina. Nossa vida é uma jornada longa e árdua para a Verdade."

Mahatma Gandhi